sexta-feira, 19 de outubro de 2018

MINHA CONFISSÃO DE FÉ

Sou a favor da liberdade democrática. Creio que entre diferentes modelos, nenhum consegue superar a democracia. Defendo, pois, o Estado de direito. Nunca serei a favor de qualquer movimento que subverta a soberania popular. Coloco-me ao lado daqueles e daquelas que defendem a causa dos mais humildes, das minorias e dos refugiados com base na nossa lei maior - a constituição.
Sempre fui e continuarei sendo a favor da vida. Creio na dignidade de homens e mulheres, independente da cor de sua pele, da sua origem étnica, do seu status social, da sua religião ou de sua escolaridade. Com base nos valores que norteiam minha caminhada e no meu testemunho de fé, seguirei defendendo o diálogo e o bom senso como virtudes humanas inalienáveis.
Jamais seria contrário ao que é justo ou verdadeiro. Sigo acreditando que Deus não concorda com as mazelas sociais e nem com as desventuras da mesquinhez e do fanatismo. Sonho com um tempo onde as leis sejam orientadas para assegurar os direitos de quem mais precisa e não para proteger privilegiados.
Seguirei acreditando na equidade como a melhor maneira de promover a paz. Percebo que é por conta da má gestão dos recursos que meninos e meninas são jogados no colo do traficante, tendo a esperança aniquilada e os sonhos, desmantelados. Sinto-me ultrajado quando vejo que neste país se gasta muito para sustentar burocratas e se vira as costas para tantas creches, tantas escolas e tantos hospitais.
Creio, verdadeiramente, em um Estado laico capaz de rejeitar a tutela de qualquer religião acima de sua Constituição. Recuso-me a aceitar que alguma instituição religiosa me imponha certos preceitos, pois a liberdade de escolha ou adesão é dos princípios, o mais belo. Acredito no poder da gentileza e na partilha do abraço e da ternura como pedras fundamentais de uma vivência profunda.
Seguirei o imperativo de homens e mulheres cuja história foi marcada pela cordialidade e o bem nas palavras e ações: Martin Luther King, Mahatma Ghandi, Nelson Mandela, Desmond Tutu, Malala Yousafzai. Confio na afirmação bíblica de que “os mansos herdarão a terra” e na promessa de que “os pacificadores serão chamados filhos de Deus”. Por isso, alimento o meu espírito com a promessa de que “serão fartos todos os que têm fome e sede de justiça”.

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