sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Educação para a Vida


Na compreensão do sociólogo Émile Durkheim, o que nos permite viver em sociedade é o fato de estarmos intimamente ligados a um paradoxo onde somos iguais e diferentes ao mesmo tempo. O fator preponderante para sermos desta forma é a educação. Esta se concretiza enquanto processo social.

Cabe salientar, portanto, que a construção do ser social corresponde a assimilação pelo indivíduo de uma série de normas e princípios – sejam morais, religiosos, éticos ou de comportamento – que acabarão balizando a conduta do indivíduo num grupo. O ser humano, mais do que formador da sociedade, é um produto dela. Esta teoria, além de caracterizar a educação como um bem social, a relacionou pela primeira vez às normas sociais e à cultura local, diminuindo o valor que as capacidades individuais têm na constituição de um desenvolvimento coletivo.

Acredito que os conteúdos da educação são independentes das vontades individuais. São as normas e os valores desenvolvidos por uma sociedade ou grupo social em determinados momentos históricos, que adquirem certa generalidade e, com isso, uma natureza própria. Neste sentido, a criança só poderá conhecer aquilo que lhe compete através de seus pais e professores. É preciso que estes sejam para ela a personificação do dever, do imperativo que terão que assimilar. Assim, é preciso que a autoridade moral seja a qualidade fundamental do educador. Esta autoridade não é violenta, mas se alicerça num sentido moral profissional. 

Ser livre não consiste em fazer aquilo que se tem vontade, mas em se ser dono de si próprio, em saber agir segundo a razão e cumprir com os seus deveres. Significa aprender a agir como a sociedade moralmente espera. Ao socializar-se, o indivíduo aprende a ser membro da sociedade e também a ocupar o seu devido lugar dentro da mesma. Desta forma estará preservando a sociedade. 

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